O PV inicia neste sábado, oficialmente, os preparativos para as eleições do ano que vem. Às 13h, no campus da Faceres, em Rio Preto, presidentes dos diretórios municipais da legenda, bem como os delegados enviados por 64 municípios (entre eles Catanduva), irão escolher a nova direção da Bacia 20 – modo como partido se divide regionalmente, ao redor do estado.
Celso Pereira, que preside o diretório municipal de Catanduva, deverá ficar com uma das coordenações regionais. Além de discutir o comando do partido, a reunião de hoje servirá para traçar as estratégias para as eleições municipais do ano que vem.
A intenção do PV é utilizar a eleição do ano que vem para a construção de uma base social, que sirva para sustentar uma candidatura a presidente em 2018. Esta foi uma das fragilidades detectadas pelo comando nacional da legenda no desempenho de Marina Silva, no último pleito.
Na visão dos caciques verdes, as disputas em Rio Preto e Catanduva têm uma importância estratégica para o futuro eleitoral da legenda. “Nas chamadas ‘cidades-pólo’ de cada região – principalmente aquelas que contam com emissoras de TV – não abriremos mão de estar na cabeça da chapa, mesmo que para isso tenhamos de alçar voos solos”, afirma Pereira.
Ele acredita que, de agora em diante, os candidatos do partido na região terão condições de capitalizar os milhões de votos obtidos na ex-senadora. “Por isso não podemos deixar disputar as prefeituras das grandes cidades”, diz.
“Ficou claro que faltou um pouco de base social para a candidatura da Marina Silva. Os quase 20 milhões de votos que ela alcançou deveram-se, sobretudo, ao carisma e à trajetória de vida dela. Uma parte expressiva do eleitorado não foi capaz de associá-la ao PV”, avalia Pereira.
A esperança dos verdes no projeto “Marina 2018” tem ajudado os aliados da ex-senadora a conquistarem espaço na estrutura interna do PV. Mesmo os aliados do presidente nacional José Luiz França Penna já defendem que ele abra brechas para as novas lideranças. “Um partido que quer governar o Brasil precisa ter democracia interna e olhar para frente”, diz Celso Pereira.